viernes, 28 de noviembre de 2008

BRASIL VERSUS EQUADOR

de Laerte Braga

O ministro Celso Amorim é um dos mais brilhantes diplomatas da história do Itamaraty. Sério, inteligente, lúcido e íntegro. Um dos pontos altos (dentre os poucos) do governo Lula. Chamar o embaixador do Brasil junto ao governo do Equador diante da negativa do presidente daquele país, Rafael Corrêa, em aceitar como dívida equatoriana um empréstimo feito à empreiteira Norberto Odebretch é uma atitude que acredito reflita muito mais a posição de setores outros do governo que propriamente do Ministério das Relações Exteriores.

Os governos brasileiros estão acostumados a lidar com presidentes de países sul americanos que sejam compráveis. Ou seja, as empresas brasileiras ganham concorrências em acordos fraudulentos, fazem obras abaixo das especificações contratadas e o pagamento fica por conta desses governos não importa quanto, pela simples razão que um presidente padrão Álvaro Uribe, por exemplo, leva no mínimo 20% de cada obra contratada.

No governo corrupto de Fernando Henrique foram feitos vários contratos assim com presidentes da Bolívia (anteriores a Evo Morales) na questão do gás. À época da ditadura militar um contrato nesses moldes foi celebrado com o general Alfredo Stroessner, do Paraguai, sobre o preço da energia de Itaipu (a parte comprada pelo Brasil). Preços abaixo dos de mercado e comissão para ambos os lados. Propina mesmo.

E bem mais além da América do Sul. A diplomacia estabelecida pela ditadura em relação a países árabes, como o Iraque e a Líbia, implicavam nesse tipo de contrato e foi por lá, no Iraque, que se estrepou a Mendes Júnior. A própria Odebretch andou por lá. Empreiteiras como essas não são empresas, são quadrilhas.

No caso do Equador a Noberto Odebretch (envolvida em várias falcatruas no Brasil, inclusive com o governo de José Serra no caso do metrô de São Paulo) ganhou a concorrência para a construção da usina hidrelétrica San Francisco. O governo equatoriano contraiu um empréstimo de 243 milhões de dólares junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para o empreendimento e nunca viu a cor do dinheiro. Foi passado diretamente à empresa.

A Odebretch, acostumada a lidar com presidentes/corruptos, venais, ganhou força com a ditadura, foi beneficiada por todos os presidentes desde Sarney, construiu uma usina aquém do contratado, sem respeito ao pré-estabelecido e por essa razão o contrato foi rompido e o pagamento, lógico, não vai ser feito ao BNDES pela simples razão que devedora é a empresa que não cumpriu os termos do contrato.

Nessa vocação imperialista de governos brasileiros junto a países sul americanos, o governo do Equador, agora com um presidente responsável, sério e voltado para os interesses de seu país, resolveu questionar o contrato, e o que fez a Norberto Odebretch, junto a organismos internacionais encarregados de dirimir dúvidas e julgar fatos dessa natureza. No caso o Equador está recorrendo à Câmara de Comércio Internacional, em Paris. Quer a anulação do contrato por violações legais e constitucionais. Jorge Glass, presidente do Fundo de Solidariedade ao Equador é claro em dizer que o contrato "tem vícios de ilegalidade". Vale dizer propina embutida em cláusulas daquelas que costumam vir em letrinhas pequenas e que enganam desde o consumidor comum do dia a dia, até um governo.

A medida faz parte da auditoria da dívida externa do Equador, um levantamento feito exatamente para apurar esse tipo de delito comum e freqüente entre os governos brasileiros e governos corruptos com os quais o Brasil negocia. O Brasil emprestou um dinheiro a Norberto Odebretch e lançou o governo do Equador como o devedor. O governo do presidente Corrêa denuncia falhas na obra da hidrelétrica de Toachi-Pilató e afirma que a empreiteira (quadrilha) desviou recursos que deveriam ser aplicados ali para outros fins (devem estar no fundo de campanha de José Serra em 2010). Por coincidência ou não, para o Equador foi o engenheiro da empresa responsável pelas obras do metrô de São Paulo e indiciado no inquérito do chamado buraco do metrô, que resultou em mortes.

A decisão do Equador tem duas frentes. A primeira delas suspender a vigência dos contratos, não reconhecer a dívida e estender esse não reconhecimento a dívidas outras negociadas com ingerência do FMI (Fundo Monetário Internacional), o que eleva o percentual e os custos das propinas, pois tem que pagar os caras do Fundo. Corrêa não vai pagar a dívida enquanto não houver decisão de instâncias internacionais sobre o assunto, expulsou a empreiteira/quadrilha de seu país (não vai passar fome, têm várias obras em vários pontos do Brasil) e noutra ponta, determinou que sejam levantados os nomes dos funcionários equatorianos responsáveis pelas negociações dessa dívida e de outras junto ao Brasil, para que sejam punidos.

É claro que a Norberto Odebretch, uma das grandes acionistas do Estado brasileiro desde a privatização de tudo feita pelo venal Fernando Henrique Cardoso, vai chiar e chiar muito, está chiando. E não quer nem reconhecer que não fez a obra como especificado no contrato, muito menos assumir que desviou dinheiro para outros fins ou assumir as responsabilidades pela dívida. A Mendes Júnior fez a mesma coisa no caso do Iraque. Foi para o brejo, mas os donos não. Vivem como marajás em Minas e no circuito, como dizem. São "geradores de progresso", amigos de Aécio.

Há uma realidade diferente em vários países latino americanos, caso do Equador, da Bolívia, da Venezuela, do Paraguai, da Nicarágua e de Cuba. Seus presidentes não são compráveis como o da Colômbia ou a do Chile. E aí tem sempre um general desses cheios de medalhas por tantos paus de arara, tantos choques elétricos, tantos estupros, tantas mortes, disposto a uma nova guerra na defesa do Brasil, leia-se, das empresas privadas e evidente, do "pão nosso de cada dia".

E é lamentável que um fato como esse ocorra num governo supostamente integrado ao resto dos países latino-americanos, ou ainda, um governo supostamente forte para enfrentar os bandidos/empreiteiros e não de capitular e fazer o jogo dessas quadrilhas. O pessoal da Norberto Odebretch, como o da OAS, da Queiroz Galvão, essa turma toda, tem lugar certo em qualquer cadeia de qualquer país onde as leis sejam respeitadas e o desrespeito seja crime.

O presidente do Equador não tomou a atitude que tomou como hostilidade ao Brasil, mas a criminosos brasileiros que ludibriaram seu país, assim causaram prejuízo a seu povo. O governo brasileiro deveria, sendo Lula, tomar as decisões corretas e punir empresários brasileiros que mundo afora vão fazendo trapaças e mais trapaças, caso dessa empreiteira e outros. Se assim não o fizer fica difícil acreditar que exista um mínimo de resquício de qualquer coisa que valha no governo Lula. Se o nosso complexo militar/empresarial queima no golpe porque diminuem os ganhos, azar deles.

Já imagino o escarcéu que William Bonner vai fazer com um tipo de notícia assim. Deve convocar os brasileiros à guerra contra o Equador. A empresa faz parte do elenco que tem parte da GLOBO, falo da consciência (se isso existe por lá) da turma que mente a mentira nossa de cada dia na mídia comprável e a venda, sempre pronta a uma "gorjeta".

E Lula deve aprender a lidar com presidentes sérios, do contrário se desmoraliza nos achegos e arreglos com gente do tipo Bachelet, o tal "primeiro o nosso, depois o resto".

lunes, 10 de noviembre de 2008

Declaración de la III Asamblea de las mujeres LVC

En Maputo, Mozambique, a la ocasión de la V Conferencia Internacional de La Vía Campesina, nosotras las mujeres del campo de los diferentes continentes hemos sostenido nuestra III Asamblea de las Mujeres. Nos encontramos con la alegría del compartir, el cariño de las compañeras, la riqueza de nuestras culturas diversas y la belleza de la mujeres de África, Asia, Europa y las América. Somos mujeres con historias y luchas comunes por la vida, la tierra, los territorios, la Soberanía Alimentaría, la justicia, la dignidad; mujeres que compartimos saberes y experiencias, convencidas que las ideas como las semillas cuando se intercambian crecen y se multiplican.

Somos mujeres que hemos luchado contra la violencia a lo largo de la historia, luchadoras, que continuamos defendiendo nuestros territorios y nuestras culturas del saqueo, la devastación y la muerte perpetradas por quienes han impuesto su poder desde el tiempo de la colonia, y que hoy continúan intentando colonizar no sólo nuestros territorios sino también nuestras mentes y nuestras vidas.Como mujeres reclamamos el respeto de todos nuestros derechos y rechazamos al sistema patriarcal y todas sus expresiones discriminatorias. Nos reafirmamos en el ejercicio pleno de la participación ciudadana.

Exigimos nuestro derecho a una vida digna, el respeto a nuestros derechos sexuales y reproductivos, la aplicación inmediata de medidas para erradicar toda forma de violencia física, sexual, verbal y psicológica y la eliminación de prácticas de feminicidio que aún persisten.Denunciamos que los procesos migratorios, particularmente el de las mujeres, están estrechamente relacionados con el empobrecimiento y la violencia social y de género en el campo así como con desplazamientos de las mujeres hacia los centros de producción empresarial, el tráfico de mujeres para enriquecer el negocio del entretenimient y las expulsiones de las mujeres de las tierras productivas.

Todos estos fáctores conjuran contra la permanencia y los medios de sustento de las comunidades campesinas y contra la Soberanía Alimentaría.

Reafirmamos que denunciar la discriminación hacia las mujeres, implica reconocer que si bien el sistema patriarcal y el machismo han existido históricamente; el modelo neoliberal profundiza las condiciones de discriminación y aumenta las situaciones de violencia contra las mujeres y las niñas en las zonas rurales. Por tanto la lucha antineoliberal debe de ir a la par de la lucha por la igualdad de género, la no discriminación de las mujeres y el combate inclaudicable contra todas las formas de violencia en el campo, y en particular la violencia doméstica que sufren las mujeres.Las mujeres sufrimos discriminación de clase, género, étnica, sexual, estética, entre otras.

Creemos que un tipo diferente de sociedad con otro tipo de relaciones de géneros es posible. Otro mundo es posible ahora. La globalización y la resultante división del trabajo está basada en cuestiones de género, donde las mujeres están concentradas en sectores de producción controlados por las transnacionales, como en determinadas ramas del agro-negocio, las maquilas de México, América Central o Asia, o el turismo sexual.Para lograr la soberanía alimentaria y la reforma agraria, nos comprometemos a luchar conjuntamente para eliminar todas las formas de violencia que también incluyen las crisis alimentaria, el cambio climático, el avance de los monocultivos, los transgénicos y los agronegociosEstas expresiones de violencia incluyen::

• aumento del hambre y las hambrunas y de enfermedades graves y mortales

• aumento significativo de la pobreza y el aumento de la brecha entre ricos y pobres

• violaciónes a los derechos humanos y a la represión política

• mercantilización y privatización de la naturaleza y las tierras agrícolas tradicionales, conduciendo al desplazamiento y las migraciones forzadas de los Pueblos Indígenas, de las campesinos y campesinos

• privatización y contaminación del agua y del aire

• extracción incesante de minerales y la destrucción, la apropiación y la concentración de la tierra productiva

• pérdida dramática de la biodiversidad y destrucción de los bosques

• conspiración en la destrucción de los conocimientos y métodos de producción campesina

• cambios climáticos imprevisibles que destruyen los cultivos

• pérdida del control de las semillas por los campesinos y campesinas y su apropiación por las empresas transnacionales, resultando en la pérdida de alimentos culturalmente apropiados.

• incremento de los precios de los alimentos básicos sin que ello beneficie ni a las campesinas y campesinos ni a la agricultura de pequeña escala

.La lucha contra la violencia hacia las mujeres comienza en nuestros corazones y en nuestras conciencias. Acabar con estas formas de violencia exige nuestro esfuerzo y unidad en la lucha, y nuestro compromiso en la construcción de una sociedad más justa. Aunemos nuestras voluntades para construir un mundo sin violencia, comenzando por construir una mujer nueva y un hombre nuevo.En solidaridad, las mujeres de la VC continuaremos construyendo un mundo lleno de vida, justicia y equidad.

En esta III Asamblea Internacional de las Mujeres de VC urgimos a todas las personas miembros, mujeres y hombres de todas partes del mundo, a unirse en esta lucha. Por la vida y la soberanía alimentaria, detengamos la violencia hacia las mujeres YA!


GLOBALICEMOS LA LUCHA
GLOBALICEMOS LA ESPERANZA
Maputo, Ocubre del 2008

Soberanía alimentaria YA! Con la lucha y la unidad de los pueblos!

Maputo, Mozambique, Octubre 19-22, 2008
Soberanía alimentaria YA! Con la lucha y la unidad de los pueblos!


Nosotros y nosotras somos la gente de la tierra, quienes producimos alimentos para el mundo. Tenemos el derecho de seguir siendo campesinos y campesinas y la responsabilidad de continuar alimentando a nuestros pueblos. Cuidamos las semillas, que son la vida y pensamos que el acto de producir alimentos es un acto de amor. La humanidad necesita de nuestra presencia, nos negamos a desaparecer.Todas nosotras y todos nosotros somos La Vía Campesina, un movimiento mundial de organizaciones de mujeres rurales, campesinos y campesinas, pequeños agricultores y agricultoras, trabajadores y trabajadoras del campo, pueblos indígenas, afrodescendientes, y juventud rural, de Asia, Europa, América y África, nos hemos reunidos en Maputo, Mozambique, del 19 al 22 de octubre de 2008, para celebrar nuestra V Conferencia Internacional siendo recibidos de manera calurosa, fraternal y combativa por nuestros anfitriones, la União Nacional de Camponeses (UNAC) de Mozambique.

Estamos aquí para reafirmar nuestra determinación de defender la agricultura campesina, nuestras culturas y nuestro derecho a continuar existiendo como pueblos con identidad propia. Somos más de 550 personas, incluyendo más de 325 delegados y delegadas de 57 países, representando centenares de millones de familias campesinas. Las mujeres, que representamos mas de la mitad de las personas que producen alimentos en el mundo, nos encontramos celebrando, con energía y determinación, nuestra Tercera Asamblea Mundial de Mujeres.

También celebramos nuestra Segunda Asamblea de Jóvenes de la Vía Campesina, ya que la participación decisiva de la juventud garantiza tanto el presente como el futuro del campo. En está V Conferencia Internacional también ratificamos a 41 organizaciones como nuevos miembros de La Vía Campesina, y contamos con la participación de muchas organizaciones y movimientos aliados de todo el mundo, en nuestra Primera Asamblea con los Aliados de La Vía Campesina.

Cuatro años de luchas y victoriasEn la V Conferencia Internacional hemos revisado nuestras principales luchas, acciones y actividades desde la IV Conferencia Internacional realizada en Itaici, Brasil, en junio de 2004. Entre ellas se destacaron las movilizaciones masivas contra la OMC, contra los Tratados de Libre Comercio (TLCs) en diversas partes del mundo y contra el G8 en Rostock y Hokkaido. En el 2005 La Vía Campesina estuvo muy presente en la jornada de lucha frente a la Cumbre de la OMC en Hong Kong, participando así en la más reciente de las acciones continuas con las que los movimientos sociales hemos mantenido paralizadas las negociaciones en las cumbres de la OMC desde Seattle en 1999. También jugamos papeles centrales en otras movilizaciones contra la OMC, desde Ginebra hasta la India.En 2007 organizamos con nuestros principales aliados el Foro Internacional sobre la Soberanía Alimentaria en Nyéléni, Malí. Este fue un momento crucial en la construcción de un gran movimiento global por la soberanía alimentaria. Participaron unos 500 delegados de los más importantes movimientos sociales de todo el mundo, definiéndose una agenda estratégica y de acción para los próximos años. Tanto antes como después de Nyéléni, organizamos muchas reuniones nacionales y regionales sobre la soberanía alimentaria.

En los últimos años hemos logrado que varios países, entre ellos Ecuador, Bolivia, Nepal, Malí, Nicaragua y Venezuela, hayan logrado incorporar el concepto de soberanía alimentaria en su constitución y/o leyes nacionales.A través de nuestra Campaña Global por la Reforma Agraria, expresión de nuestras luchas por la tierra y en defensa del territorio, co-organizamos el Foro Mundial de la Reforma Agraria en Valencia, España en el 2004, y en 2006 organizamos la Reunión Internacional de los Sin Tierra en Porto Alegre, Brasil, antes de la Conferencia Internacional sobre Reforma Agraria y Desarrollo Rural (CIRADR) de la FAO. Allí participamos en las movilizaciones de las mujeres de Brasil en contra del desierto verde de Eucalipto de la transnacional Aracruz el 8 de marzo, y en el Foro Paralelo, logrando importantes avances en la posición de los gobiernos.

En 2007 organizamos, en Nepal, la Conferencia Internacional sobre Soberanía Alimentaria, Reforma Agraria y Derechos Campesinos.En 2004 organizamos una fiesta global de intercambio de semillas campesinas, en el contexto de nuestra IV Conferencia. En 2005 organizamos el Seminario Internacional sobre Semillas "Liberar la Diversidad," como parte de nuestra lucha global a favor de las semillas campesinas y en contra de los transgénicos y la tecnología terminator. La Vía Campesina de Brasil organizó contundentes movilizaciones durante la Conferencia Internacional de la Convención de Diversidad Biológica (COP-8) en Marzo del 2006 en Curitiba, Brasil. Sobre los mismos temas tuvimos importantes actividades en Mysore, India ese mismo año, y en 2008 en Bonn, Alemania y en Francia, en donde una huelga de hambre ayudó fuertemente a conseguir la prohibición del maíz transgénico de Monsanto. En Brasil en 2007, Keno, un gran luchador del MST, fue asesinado por un pistolero contratado por Syngenta, pero un año después logramos que Syngenta tuviera que entregar al gobierno su área ilegal de experimentación con transgénicos. La Vía Campesina, junto a otros movimientos sociales organizó “la aldea de la solidaridad” de forma paralela a la Conferencia Sobre el Cambio Climático que la ONU organizó en Bali, Indonesia (2007), en donde avanzamos con el argumento de que la agricultura campesina enfría el planeta.

En 2008 organizamos en Yakarta, Indonesia, una conferencia internacional centrada en nuestra propuesta para una Declaración Internacional de los Derechos de las Campesinas y los Campesinos. Previa a la conferencia internacional, se organizó la Asamblea de Mujeres Sobre los Derechos de los Campesinos y las Campesinas.El compromiso solidario de la Vía Campesina fue evidenciado en el 2004 con nuestro esfuerzo global para canalizar ayuda alternativa a las víctimas del Tsunami, en 2007 con tres delegaciones a las reuniones con los Zapatistas en México y todos los años se han realizado acciones importantes de solidaridad con luchadores y luchadoras víctimas de la criminalización de la protesta social en todos los continentes.El desplazamiento de pueblos rurales como consecuencia del modelo neoliberal, está provocando el movimiento masivo de personas, convirtiéndose en un tema crítico para La Vía Campesina.

Desde 2004 hemos estado elaborando nuestras estrategias y acciones sobre estos temas en nuestra nueva Comisión de Trabajo sobre Migración y Trabajadores Rurales. Hemos llevado a cabo diversas acciones en contra del muro de la vergüenza que construye los Estados Unidos. De pueblo a pueblo, de país a país, hemos llevado a cabo las luchas de La Vía Campesina. Nuestro movimiento está en casi todas partes del mundo, en donde el neoliberalismo está siendo impuesto a los y las campesinos y pueblos rurales. La lucha de La Vía Campesina inspira, estimula y genera la resistencia de movimientos sociales contra las políticas neoliberales. Van aumentando los países en donde gobiernos progresistas alcanzan el poder como resultado de años de movilización. E incluso un buen número gobiernos locales y nacionales han acentuado su resistencia y su interés en la agenda de la soberanía alimentaria, como resultado de la movilización popular y como respuesta a la crisis global de los precios de los alimentos.

La ofensiva del capital sobre el campo, las crisis múltiples y el despojo de pueblos campesinos e indígenasEn el contexto global actual estamos enfrentando la convergencia entre una crisis alimentaria, una crisis climática, una crisis energética y una crisis financiera. Estas crisis tienen orígenes comunes en el sistema capitalista y mas recientemente en la desregulación desenfrenada de sus respectivas ámbitos de actividad económica, como parte de del modelo neoliberal, que da la prioridad al negocio y a la ganancia. En las zonas rurales del mundo, hemos visto una feroz ofensiva del capital y de las empresas transnacionales sobre la agricultura y los bienes naturales (agua, bosques, minería, biodiversidad, tierra, etc.), que se traduce en una guerra de despojo contra los pueblos campesinos e indígenas, utilizando pretextos falsos como los argumentos erróneos que plantean que los agrocombustibles son una solución a las crisis climáticas y energéticas, cuando la verdad es todo lo contrario.

Cuando los pueblos ejercen sus derechos y resisten este despojo generalizado, o cuando son obligados a ingresar en los flujos migratorios, la respuesta ha sido más criminalización, más represión, más presos políticos, más asesinatos, más muros de la vergüenza y más bases militares. Declaración de los Derechos de las Campesinas y los CampesinosVemos la futura Declaración de Derechos de las Campesinas y Campesinos de la ONU como una herramienta clave en el sistema legal internacional para fortalecer nuestra posición y nuestros derechos como campesinado. Por esta razón, lanzamos también la Campaña Mundial por una Declaración de los Derechos de las Campesinas y los Campesinos.Soberanía Alimentaria: la solución a las crisis y la vida de los pueblosLa situación actual de crisis también es una oportunidad, porque la soberanía alimentaria ofrece la única alternativa real tanto para la vida de los pueblos como para revertir las crisis. La soberanía alimentaria responde a la crisis alimentaria, con producción campesina local, a las crisis climáticas y energéticas, atacando dos de las principales fuentes de emisión de gases de efecto invernadero, el transporte de alimentos a larga distancia y la agricultura industrializada, y para aminorar una vertiente de la crisis financiera, prohíbe la especulación con los alimentos.

El modelo dominante significa crisis y muerte, y la soberanía alimentaria es la vida y la esperanza para los pueblos rurales y también para la población consumidora. La soberanía alimentaria requiere la protección y re-nacionalización de los mercados nacionales de alimentos, la promoción de ciclos locales de producción y consumo y la lucha por la tierra, la defensa de los territorios de los pueblos indígenas, y la reforma agraria integral. Se basa también en el cambio del modelo productivo hacía la producción agroecológica y sustentable, sin plaguicidas y sin transgénicos, basado en el conocimiento campesino e indígena. Como principio general, se construye la soberanía alimentaria en base a nuestras experiencias concretas al nivel local, o sea, desde lo local hacia lo nacional.La crisis causa un sufrimiento incalculable entre nuestros pueblos, y erosiona la legitimidad del modelo neoliberal del “libre comercio.” Algunos gobiernos locales, estatales y nacionales mas progresistas han empezado a buscar soluciones alternativas.

En La Vía Campesina debemos ser capaces de aprovechar estas oportunidades Tenemos que desarrollar una metodología de trabajo que incluya el dialogo crítico y constructivo, para lograr casos exitosos en la implementación de la soberanía alimentaria con estos gobiernos. También debemos aprovechar espacios internacionales de "otra integración," como el ALBA y Petrocaribe, para avanzar en este terreno. Pero no podemos solo apostar a los gobiernos, sino que debemos ir construyendo la soberanía alimentaria desde abajo, en los territorios y otros espacios controlados por movimientos populares, pueblos indígenas, etc. Ya llegó la hora de la soberanía alimentaria, y tenemos que tomar la iniciativa para avanzar sobre este terreno en todos los países.

Los campesinos y campesinas del mundo podemos y queremos alimentar al mundo, a nuestras familias y nuestros pueblos, con alimentos sanos y accesibles. Las empresas multinacionales y el libre comercioNuestra reflexión nos ha dejado la claridad de que las empresas multinacionales y financieras son uno de nuestros enemigos comunes mas importantes, y que como tales, tenemos que incidir con nuestras luchas cada vez mas directamente sobre ellas. Inclusive son ellos que están detrás de los otro enemigos del campesinado, como el Banco Mundial, el FMI, la OMC, los TLCs y EPAs, los gobiernos neoliberales, y el expansionismo económico agresivo, el imperialismo y el militarismo.

Ahora es también el momento para redoblar nuestra lucha contra los TLCs y EPAs, y contra la OMC, pero ahora con un señalamiento mas claro del papel central de las multinacionales.El avance de las mujeres es el avance de la Vía CampesinaUn tema quedó muy claro en nuestra V Conferencia: que todas las formas de violencia que enfrentan las mujeres en nuestras sociedades – entre ellas la violencia física, la económica, la social, la machista, la de diferencias de poder, y la cultural – están también presentes en las comunidades rurales y por ende en nuestras organizaciones, y esto además de ser un enorme fuente de injusticia también limita el alcance de nuestras luchas. Reconocemos la relación íntima entre el capitalismo, el patriarcado, el machismo, y el neoliberalismo en perjuicio a las campesinas del mundo. Nosotras, todos y todas, mujeres y hombres, de la Vía Campesina, nos comprometemos de forma responsable por construir nuevas y mejores relaciones humanas entre nosotros y nosotras, como parte necesaria de la construcción de las nuevas sociedades a las cuales aspiramos.

Por esto en la V Conferencia tomamos la decisión de romper el silencio y lanzamos la Campaña de la Vía Campesina "Por el Fin de la Violencia Contra las Mujeres." Nos comprometemos de nuevo y con mayor fuerza a la meta de alcanzar la compleja pero necesaria paridad de género real en todos los espacios e instancias de participación, análisis, debate y decisiones en la Vía Campesina, y fortaleceremos el intercambio, coordinación y solidaridad entre las mujeres de nuestras regiones. Reconocemos el papel central de la mujer en la agricultura de auto-suficiencia alimentaria, y la relación especial de las mujeres con la tierra, la vida y las semillas. Además, las mujeres son y han sido parte determinante de la construcción de la Vía Campesina desde su inicio. Si no venceremos la violencia hacía las mujeres dentro de nuestro movimiento, no avanzaremos en nuestras luchas, y si no construimos nuevas relaciones de género, no podemos construir una nueva sociedad.

No estamos solos: la construcción de alianzas Los campesinos y las campesinas no podemos ganar solos nuestras luchas por la dignidad, por un sistema alimentaria y agrario mas justo, y por este otro mundo mejor que es posible. Tenemos que construir y reforzar nuestras alianzas orgánicas y estratégicas con los movimientos y organizaciones que comparten nuestra visión, y esto es un compromiso especial de la V Conferencia. La juventud nos da la esperanza para un futuro mejorEl modelo dominante en el campo no ofrece ninguna opción para la juventud, y esto es una razón muy importante para cambiarlo. Los jóvenes y las jóvenas son nuestra base tanto para el presente como para el futuro, así que nos comprometemos a su plena inserción y participación creativa en todos los niveles de nuestras luchas.

La formación para el fortalecimiento de nuestras luchas
Para que tengamos mayores éxitos y victorias en nuestras luchas, tenemos que dedicarnos al fortalecimiento interno de nuestro movimiento, a través de la formación política para aumentar nuestra capacidad colectiva de analizar y transformar nuestras realidades, la capacitación, y el mejoramiento de la comunicación y articulación entre nosotros y nuestros aliados.

Diversidad y unidad en la defensa de la agricultura campesina
Como movimiento social internacional, podemos decir que uno de nuestras mayores fortalezas es que somos capaces de unir diferentes culturas y modos de pensar alrededor de una misma lucha. La Vía Campesina representa un compromiso común de resistir y luchar por la vida y la agricultura campesina. Todos los participantes en la V Conferencia de la Vía Campesina nos comprometemos a defender los alimentos y la agricultura campesina, a la soberanía alimentaría y a la dignidad y la vida. Aquí estamos los campesinos y campesinas del mundo, y nos negamos desaparecer.


¡Globalicemos la lucha! ¡Globalicemos la esperanza!

Declaración de la segunda Asamblea de Jóvenes de la Vía Campesina

El campo es nuestra vidaLa tierra nos alimenta
Los ríos corren en nuestra sangre
Somos la juventud de La Via Campesina
Hoy declaramos el inicio de un nuevo mundo
Venimos de los cuatro rincones de la tierra
Para unirnos con espíritu de resistencia
Trabajar creando esperanza
Platicar sobre nuestras luchas
Aprender del trabajo que realizamos
Inspirarnos de nuestras canciones y historias
Construir la solidaridad entre nuestros movimientos
Unificarnos como fuerza para el cambio social.
De aquí volveremos a todos los rincones del mundo
Llevándonos un espíritu de revolución
Con la convicción de que otro mundo es posible
Y el compromiso para luchar a favor de nuestra manera de vivir
Lucharemos hasta la victoria, hasta que las jóvenes y los jóvenes de todo el planeta puedan vivir en el campo, como campesinos, en paz y con prosperidad.
Cuando los estados intenten reprimirnos, nos uniremos en solidaridad para seguir la lucha.
Cuando una compañera caiga, la levantaremos.
Cuando haga frío, nos abrazaremos hasta que el fuego de nuestra lucha nos caliente el corazón.
Y cada día comprometeremos a nuestros cuerpos, nuestras mentes y nuestro corazón en la línea del frente para defender la vida y la lucha por La Vía Campesina.

Entre los días 16 y 17 de 0ctubre del 2008 jóvenes de más de cuarenta países de los cinco continentes, campesin@s de distintos pueblos y culturas pertenecientes a la Vía Campesina nos reunimos en Maputo (Mozambique) para celebrar nuestra segunda Asamblea Mundial de jóvenes de la Via Campesina.
La juventud de la Vía Campesina aquí presente, ante las desigualdades y miserias que se están adueñando del mundo, somos y nos sentimos el presente y futuro de una nueva sociedad que sostiene el mundo. Pero tenemos problemas comunes que lo dificultan.El mayor de nuestros problemas es el sistema capitalista/neoliberal que, con sus medios de represión, extorsión y propaganda, ha extendido las desigualdades e injusticias por todo el mundo Este sistema ha impuesto una agricultura productivista que provoca el abandono del medio rural, migraciones entre regiones, dificulta el acceso a la tierra y a los bienes naturales y fomenta los transgénicos, la perdida de la soberanía alimentaria e impulsa nuevas formas de colonización como los agronegocios… Estos problemas, afectan de manera especial a jóvenes, mujeres y a la clase trabajadoraAnte esta cruda realidad, las jóvenes y los jóvenes de la Vía Campesina, con fuerza y sentimiento, apostamos por un nuevo modelo social basado en la Soberanía alimentaria de los pueblos mediante la reforma agraria integral. Y para ello proponemos:
·
Acceso a la tierra, con políticas de apoyo al retorno y arraigo de la juventud al campo, para poder asegurar la alimentación y el futuro de nuestro planeta.
· Lucha y acción contra el modelo neoliberal, el imperialismo, las fuerzas de ocupación, los tratados de libre comercio, las políticas agrícolas impuestas por la OMC, el FMI, el Banco Mundial, las multinacionales, el consumismo, los organismos genéticamente modificados, la criminalización de las organizaciones sociales y de las migraciones laborales.
· Solidaridad entre las regiones como movimientos sociales que están llevando a cabo modelos alternativos frente al sistema neoliberal, mediante principios de integración con reciprocidad, complementariedad y cooperación para superar las desigualdades sociales.
· Formación política e ideológica integral de la juventud. Educación popular. Formación campesina en técnicas agroecológicas.
· Mejora de la comunicación entre las y los jóvenes de diferentes organizaciones y culturas y creación de redes de comunicación alternativas como instrumento político y social para transformar el modelo imperante.
· Profundización y avance en el debate de las causas de las migraciones y situación de la clase trabajadora.
· Articulación de relaciones y alianzas políticas, sociales y culturales entre jóvenes del campo y de la ciudad con vistas a la unidad de los jóvenes del mundo para el cambio social y la conquista de la soberanía alimentaria.

Para materializar estas propuestas, nuestro plan de acción es el siguiente:
1. Crear una comisión provisional de jóvenes durante la V Conferencia para dinamizar el trabajo de coordinación.
2. Realizar al menos un encuentro de jóvenes por regiones en el 2009
3. Realizar un campamento internacional en España a finales del 2009.

Otros aspectos que trabajaremos en los próximos cuatro años:
· Fomentar la formación político-ideológica y técnica en cada región. Elaborar y socializar materiales formativos ideológicos ligados a las reivindicaciones de la Vía Campesina. Elaboración de una lista de escuelas de formación política a nivel internacional
· Crear y mejorar la comunicación entre nuestras organizaciones, crear alianzas con otras organizaciones que luchen por objetivos similares a los de la Vía campesina y abrir y socializar los contenidos de esta asamblea a otras organizaciones amigas y personas jóvenes.Nos comprometemos a construir, desarrollar y fortalecer nuestro espacio como jóvenes en las organizaciones nacionales, regionales e internacionales de la Via Campesina, por lo que pedimos la incorporación de dos jóvenes un hombre y una mujer en la Comisión Coordinadora Internacional (CCI).
· Acceso a la tierra, con políticas de apoyo al retorno y arraigo de la juventud al campo, para poder asegurar la alimentación y el futuro de nuestro planeta.
· Lucha y acción contra el modelo neoliberal, el imperialismo, las fuerzas de ocupación, los tratados de libre comercio, las políticas agrícolas impuestas por la OMC, el FMI, el Banco Mundial, las multinacionales, el consumismo, los organismos genéticamente modificados, la criminalización de las organizaciones sociales y de las migraciones laborales.
· Solidaridad entre las regiones como movimientos sociales que están llevando a cabo modelos alternativos frente al sistema neoliberal, mediante principios de integración con reciprocidad, complementariedad y cooperación para superar las desigualdades sociales.
· Formación política e ideológica integral de la juventud. Educación popular. Formación campesina en técnicas agroecológicas.
· Mejora de la comunicación entre las y los jóvenes de diferentes organizaciones y culturas y creación de redes de comunicación alternativas como instrumento político y social para transformar el modelo imperante.
· Profundización y avance en el debate de las causas de las migraciones y situación de la clase trabajadora.
· Articulación de relaciones y alianzas políticas, sociales y culturales entre jóvenes del campo y de la ciudad con vistas a la unidad de los jóvenes del mundo para el cambio social y la conquista de la soberanía alimentaria.

Para materializar estas propuestas, nuestro plan de acción es el siguiente:
1. Crear una comisión provisional de jóvenes durante la V Conferencia para dinamizar el trabajo de coordinación.
2. Realizar al menos un encuentro de jóvenes por regiones en el 2009
3. Realizar un campamento internacional en España a finales del 2009.
Otros aspectos que trabajaremos en los próximos cuatro años:
· Fomentar la formación político-ideológica y técnica en cada región. Elaborar y socializar materiales formativos ideológicos ligados a las reivindicaciones de la Vía Campesina. Elaboración de una lista de escuelas de formación política a nivel internacional
· Crear y mejorar la comunicación entre nuestras organizaciones, crear alianzas con otras organizaciones que luchen por objetivos similares a los de la Vía campesina y abrir y socializar los contenidos de esta asamblea a otras organizaciones amigas y personas jóvenes.Nos comprometemos a construir, desarrollar y fortalecer nuestro espacio como jóvenes en las organizaciones nacionales, regionales e internacionales de la Via Campesina, por lo que pedimos la incorporación de dos jóvenes un hombre y una mujer en la Comisión Coordinadora Internacional (CCI).
· Organizar acciones concretas contra el modelo neoliberal y a favor de la soberanía alimentaria en nuestras próximas reuniones, encuentros o asambleas de jóvenes de la Vía Campesina

Por todo esto, las jóvenes y los jóvenes de la Via Campesina nos comprometemos a continuar la lucha por la soberanía alimentaria y por los derechos de las campesinas y campesinos de todo el mundo.Como dijo Neruda, podrán cortar las flores pero no podrán detener la primavera
Alerta, alerta, alerta, que camina
la juventud en lucha de la Vía Campesina
JUVENTUD!!!!!!Globalicemos la lucha, globalicemos la esperanza!!!!!
ORGANIZACION INTERNA
Coordinación:
· Durante la II Asamblea de Jóvenes y la V Conferencia de la Vía Campesina se crea una comisión provisional de jóvenes compuesta por dos personas de cada región.
· Durante la V Conferencia se va a solicitar a la Vía Campesina la incorporación de dos jóvenes a la Comisión Coordinadora Internacional (CCI).
· En el plazo de un año se organizarán encuentros regionales de jóvenes de la Vía Campesina en cada una de las regiones. En ellas las regiones designarán dos personas, un hombre y una mujer, como coordinadoras de jóvenes en esa región.
· En el otoño del 2008 se realizará un encuentro internacional de jóvenes en el Estado español, donde se reafirmará esta comisión de dos representantes por región, que serán los encargados de dinamizar y coordinar la comisión de jóvenes a nivel internacional.